AVC: pandemia não é motivo para evitar buscar ajuda médica, alerta especialista

Especialista alerta para a importância da prevenção

São Paulo, SP (outubro de 2020) – O Hospital Ipiranga Mogi, alerta para a importância de procurar o atendimento médico nos primeiros sintomas do Acidente Vascular Cerebral (AVC). De acordo com o neurologista do Hospital Ipiranga Mogi, Dr. Marcelo Minamoto Miyabe, no período da pandemia, os pacientes estão chegando depois de 4 horas do início dos sintomas, o que implica em riscos de sequelas e de morte em casos mais graves. O especialista  alerta que o tempo é crucial no tratamento da doença.

“O paciente deve ficar alerta aos sintomas característicos do AVC, como dificuldade de repetir frases ou sorrir, fraqueza nos braços e boca torta.  Nesses casos, deve-se procurar imediatamente a emergência de um hospital. Em caso de dúvida, existem recursos como a telemedicina, por exemplo, que hoje está mais acessível, que podem ajudar a identificar os sintomas e direcionar o paciente a um pronto-socorro. A cada minuto, milhões de neurônios são perdidos e dependendo da área atingida do cérebro, o paciente pode ter sequelas como perda de memória, dificuldade em se expressar, em falar e em comer, paralisia facial e desequilíbrio”, explica.

No Brasil, mais de 100 mil pessoas morrem todos os anos devido ao AVC, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Dr. Marcelo alerta que a doença não é uma fatalidade, ou seja, é possível prevenir. A especialista diz que monitorar a hipertensão, evitar o sedentarismo e o tabagismo são algumas das atitudes que podem evitar a doença.

Nos casos em que não é possível evitar o AVC, o tempo é determinante para a saúde dos pacientes. Por isso, as equipes médicas precisam estar preparadas para um atendimento coordenado – o que garante mais agilidade e mais chances do tratamento adequado dentro da primeira hora em que o acidente ocorreu. O Hospital Ipiranga Mogi adota um protocolo de AVC baseado em orientações internacionais que são validadas pela Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares (SBDCV). O tratamento dos pacientes deve ser iniciado assim que o paciente chegue ao hospital. Nesse espaço de tempo ele é submetido a uma tomografia e o resultado é compartilhado via telemedicina com neurologistas de plantão para analisarem juntos qual é o melhor recurso a ser adotado, sendo iniciado o tratamento na sequência. No Hospital Ipiranga Mogi, a equipe dedicada a tratar pacientes com AVC é formada por diversos especialistas, como médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, radiologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e nutricionistas. O atendimento multidisciplinar faz a diferença na recuperação do paciente para que ele volte o quanto antes para as suas atividades profissionais e sociais. “É importante que haja uma mudança no estilo de vida com uma alimentação saudável, prática de exercícios físicos e atividades relaxantes que são inúmeros as opções desde ler um livro até fazer uma meditação. Isso contribui para redução do estresse e da ansiedade, o que também pode evitar um novo episódio da doença”, alerta.